[:br]Como desenvolver estratégias de varejo para otimizar as receitas não aeroportuárias e atrair uma diversidade de marcas e serviços atraentes o suficiente para aprimorar a experiência do passageiro em sua permanência no aeroporto? Essa foi a questão debatida na parte da tarde do primeiro dia do Airport Infra Expo & Real State, evento do setor aeroportuário, que reúne especialistas e investidores até amanhã em São Paulo.
“O varejo aeroportuário é um mercado de US$ 34 bilhões e um dos de maior crescimento na atualidade”, disse o vice-presidente da empesa de consultoria internacional ICF, Abbas Mirza. “Há 20 anos, menos de 20% era oriundo do serviços não aeroportuários. Acreditamos que em muito breve será superior a 50%”.
No varejo aeroportuário, o crescimento da receita é dependente do fluxo de passageiros e da sua intensidade. “Portanto”, afirma Mirza, “inovar as formas de oferecer serviços e produtos é um desafio que temos que superar. As oportunidades são inesgotáveis. Cada aeroporto deve ter seu próprio mix de serviços e produtos para diferenciar-se um dos outros. A experiência do passageiro no aeroporto é determinante para o consumo ”.
O executivo comentou que hoje o comportamento dos passageiros está mudando. Muitos procuram mais a experiência do que produtos. “Muitos passageiros hoje estão interessados em serviços que estejam relacionados com a conveniência, seja tecnológica, seja no ambiente”.
Para exemplificar como o varejo vem sendo pensado no Brasil, o diretor comercial do Aeroporto RioGaleão, Sandro Roberto Fernandes contou que recursos estão sendo investidos em pesquisas direcionadas a identificar quem é o passageiro do aeroporto, como atendê-lo, quais são as suas demandas hoje e como se transformarão no futuro. “Queremos que este passageiro opte pelo RioGaleão em função da experiência que teve aqui e que no complexo aeroportuário ele tenha a sensação de conhecer algo da cidade, com uma oferta de produtos locais e também internacionais”.
Varejo alimentar — Pierre Berenstein, presidente da International Meal Company, deu detalhes sobre a operação da empresa brasileira com operação nas Américas que opera 413 restaurantes operados em aeroportos, estradas e shoppings, atendendo 48 milhões de consumidores no mundo. Para ele aeroporto é um ambiente muito específico e que exige estratégias exclusivas. “Varejo alimentar em aeroportos é um negócio de risco. É preciso ter o conceito correto no local correto. Não adianta replicar a dinâmica de um shopping Center porque trata-se de outro cenário. É uma operação de picos e vales e quem não entende isto está fadado ao fracasso. Os passageiros tem perfis muito variados: baixa renda, alta renda, pouco tempo para consumidor, muito tempo”.
Sobre a localização das lojas e falando pela empresa Dufry, o executivo Andre Baldi, explicou que a definição das áreas comerciais tem que ser feita com base no fluxo de embarque e desembarque de passageiros. Em Brasília temos dois conceitos de lojas: megastore walkthrough, nas quais o passageiro obrigatoriamente passa por dentro para acessar a saída e last minute. “A privatização dos aeroportos permitiu a modernização das lojas. Antes estávamos restritos às limitações dos editais das licitações”.
Publicidade nos aeroportos – A percepção das empresas sobre o potencial de exposição institucional em aeroportos ainda tende a crescer. Entre as empresas que anunciam nos aeroporto no Brasil 26% são bancos e empresas de seguros, 24% empresas de cuidados pessoais, de luxo e moda, 16% companhias de telecomunicação e serviços de informática. Os dados foram dados por Daniela Pontes, responsável pela publicidade do Gru Airports. “É um mercado novo, pós concessões, e temos visto que existem grandes oportunidades de negócio dentro dos aeroportos. O caminho do passageiro dentro do aeroporto é o mais interessante em termos de exposição para as empresas, mas temos o cuidado de não confundir este passageiro com enxurradas de informações”.
Sobre a Sator
A Sator nasceu em 2005 como uma empresa de produção de eventos, passou a oferecer serviços de comercialização e comunicação para os eventos que organizava e, mais recentemente, descobriu-se como uma organização desenvolvedora de plataformas de negócios, que consiste em identificar, planejar e desenvolver oportunidades por meio de encontros presenciais como seminários, feiras, rodadas de negócios, mídia online e impressa. A empresa conta com uma ampla experiência na organização de eventos como a Airport Infra Expo, Labace, Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (entre 2007 e 2009), a Feira Nacional de Aviação Civil (desde 2008) e o Broa Fly-in (2006 a 2008).
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